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O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A PRISÃO DE VENTRE

1. O que caracteriza uma prisão de ventre? Quais são os sintomas?

Obstipação intestinal ou “prisão de ventre” é a eliminação de fezes de consistência endurecida ou com frequência diminuída (duas ou menos evacuações por semana). 

Pode manifestar-se por alterações nas características das fezes, dor abdominal, evacuações pouco frequentes (duas ou menos evacuações por semana), eliminação de fezes calibrosas ou fragmentadas, fezes endurecidas dor ou esforço para evacuar, sensação de esvaziamento incompleto e até escape fecal (eliminação involuntária de fezes nas roupas íntimas).

2. O que fazer para soltar essa prisão?

A obstipação intestinal possui diversas causas, incluindo baixo consumo de fibras e água, consumo de alimentos alergênicos, efeito colateral de medicações, disfunções digestivas, neurológicas, obstrução intestinal e inatividade física.

O primeiro passo a se fazer para a melhora da prisão de ventre seria garantir o consumo mínimo de 25g/ fibras e 1,5 litro de água, diariamente. 

Alimentos que possuem efeito comprovado para melhora da obstipação: kiwi (2 unidades por dia); ameixas (4 unidades por dia), semente de linhaça (1 colher de sopa – 10g/ dia), figo (2 unidades/ dia), farelo de aveia (1 colher de sopa – 15g/ dia), psyllium (1 colher de sopa – 10g/ dia)

Em segundo lugar, é fundamental a realização de atividades físicas regulares. Os exercícios auxiliam na motilidade intestinal, estimulando a musculatura do trato gastrointestinal.

3. Quando a prisão de ventre é preocupante?

A obstipação se torna preocupante quando se torna crônica (mais de 2 semanas como o trânsito intestinal alterado); quando existe dor abdominal, dor ao evacuar, sangramentos. Nestas situações, é fundamental buscar ajuda médica.

4. Quais os problemas que o uso de laxantes pode trazer?

As medicações laxativas podem levar à uma irritação da mucosa intestinal, prejudicando os músculos e nervos do sistema digestivo, contribuindo para a obstipação crônica. Além disso, o abuso de laxativos pode levar a desequilíbrios hidroeletrolíticos, desidratação e deficiência de minerais.

5. Como você pode colaborar com o tratamento?

Buscando manter uma alimentação saudável, a prática regular de exercícios físicos e evitando o abuso de medicações.

6. Quando é a hora de procurar ajuda?

Quando a obstipação se torna frequente, é fundamental buscar ajuda de um nutricionista para adequação da ingestão de fibras e outros nutrientes ao longo do dia, de forma individualizada.Além disso, é possível fazer uma análise da saúde gastrointestinal através de exames, incluindo a avaliação da microbiota intestinal (na obstipação intestinal observamos uma mudança da microbiota intestinal, de forma negativa. Nesta situações, é necessário tratar com ajustes na dieta, suplementos de prebióticos e probióticos, sempre de forma individualizada)

No caso de obstipação crônica sem melhora significativa com mudanças do estilo de vida, é fundamental uma avaliação com o médico proctologista ou gastroenterologista, para a avaliação de obstruções, problemas digestivos ou problemas neurológicos.

7. Existe um consumo diário de fibras, por exemplo, para ajudar nessa questão?

Sim! O consumo diário recomendado de fibras é de 25g/ dia. Esta quantidade pode ser alcançada através do consumo de vegetais, frutas, grãos integrais e sementes. Para tanto, é importante que os mesmos estejam presentes em todas as refeições ao longo do dia. Exemplos de alimentos ricos em fibras:

Farelo de aveia

Laranja (comer com o bagaço)

Leguminosas (grão de bico, lentilha, ervilha, edamame)

Cereais (arroz integral, quinoa, milho)

Vegetais folhosos (couve, rúcula, agrião, espinafre, alface…)

Sementes (linhaça, chia, semente de girassol, semente de abóbora)

Oleaginosas (amêndoas, castanha de caju, nozes..)

8. Quanto de água devemos consumir por dia?

Através do seguinte cálculo: 35ml de água para cada quilo de peso. Por exemplo, uma pessoa de 50 kg precisaria consumir 1750ml de água ao dia (35ml X 50kg)

Uma outra forma de calcular a ingestão de líquidos (que pode variar conforme a temperatura do dia, prática de exercícios físicos) é através da coloração da urina. A urina precisa ser clara, quase branca. Se estiver escura, significa consumo insuficiente de água.

9.Existem alguns chás ou receitas caseiras que podem ajudar?

É muito importante evitar a automedicação, e isso inclui o uso de ervas, fitoterápicos e chás laxativos sem orientação profissional. Isso porque eles podem causar os mesmos problemas que as medicações laxativas.

Por exemplo, o chá de sene que é comumente utilizado como laxativo pode causar má absorção de nutrientes, hipotensão. Além disso, existem estudos que mostram uma associação entre o consumo de chá de sene e câncer de cólon.

Por mais comum que seja, a prisão de ventre é um desequilíbrio funcional que prejudica muito a saúde e a qualidade de vida. A frequencia ideal de evacuações é de 1 vez a cada 3 dias até 3 vezes ao dia, sempre com fezes bem formadas (formato de “banana”) e não muito ressecadas, não pode estar “amarelada” ou muito escura nem com odor muito forte. No caso destas alterações, é fundamental buscar ajuda profissional.