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Complexo de migração motor

O nome é difícil, mas isso nada mais é do que um sistema de “zeladoria” do nosso intestino delgado, que através de movimentos ondulares que impulsionam resíduos de alimentos não digeridos e enterócitos descamados para a eliminação a partir do intestino grosso. Esses movimentos também são importantes para o controle da população microbiana no intestino delgado.

O CMM é um padrão de movimento peristáltico do intestino delgado que acontece nos períodos entre as refeições, a cada 90-130 min. Ele começa quando a digestão e absorção estão completas e o intestino está livre de nutrientes por 2-3 horas. Por isso a importância de não ficar comendo de hora em hora e fazer um jejum noturno de 12h.

Quando este mecanismo de “zeladoria” não funciona de forma adequada, além do acúmulo de toxinas, pode ocorrer o aumento do crescimento bacteriano no intestino delgado, a famosa SIBO.

Por exemplo, sabe-se que uma intoxicação alimentar causada por uma espécie de bactéria chamada Campylobacter pode resultar em uma reação autoimune que danifica os nervos no intestino, especialmente aqueles no intestino delgado. Essa lesão nervosa altera o CMM, responsável pela necessária ação de limpeza. Os restos de alimentos e bactérias no intestino delgado possibilitam o aumento da população bacteriana, gerando a SIBO.

Outros exemplos de doenças que podem danificar os nervos ou músculos impactando o CMM e potencialmente levando ao surgimento da SIBO são doenças autoimunes, como diabetes tipo 1 ou doença celíaca. Uma pessoa também pode ter alterações físicas no trato digestivo, como cicatrizes e aderências causadas por cirurgias ou doenças auto-imunes como a doença de Crohn. Essas mudanças físicas podem permitir que as bactérias se acumulem inadequadamente no intestino delgado.

Alguns medicamentos e suplementos fitoterápicos com ação pró-cinética (pró-movimento) corrigem o CMM, sendo úteis no tratamento da SIBO. Para isso, é importante buscar acompanhamento profissional com um médico gastroenterologista e um nutricionista, para avaliar qual a melhor opção de tratamento.